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Neste blogue iremos encontrar (ou reencontrar) pedaços da imaginação e criatividade humana nas mais diversas formas e feitios - Livros, Banda desenhada, Cinema, TV, Jogos, ou qualquer outro formato.

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AVISO IMPORTANTE: pode conter spoilers e, em ocasiões especiais, nozes.


segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Imperial Handbook - A Commander's Guide



Na senda de outros livros deste autor, que já antes abordei, como o The Jedi Path ou o Book Of Sith, este Imperial Handbook é mais um manual/livro de referência (o quarto da série) no universo Star Wars (mais especificamente, no antigo expanded universe, agora rotulado de "Legends").

À semelhança dos outros já referidos "manuais", este volume simula um manual distribuído aos oficiais do Império Galáctico, algum tempo antes do episódio IV, e supostamente foi encontrado após os eventos do episódio VI, e devidamente anotado por várias personalidades da Rebelião/Nova República, como Han Solo, Leia Organa, Wedge Antilles ou o renegado Crix Madine.
E os capítulos são escritos por nomes "sonantes" do império, tais como Wullf Yularen, o Almirante Motti, o General Tagge ou o próprio Tarkin. Para além das notas introdutórias e finais do próprio imperador.

Está recheado de informação interessante (e alguma menos interessante, como a divisão dos exércitos e frotas) relativa ao poderio militar imperial, dividida em várias secções - armada (navy), exército (army) e corpo de Stormtroopers. Para além disso tem ainda capítulos referentes à política imperial e à "doutrina Tarkin".

Os capítulos sobre as forças armadas são interessantes, se devidamente situados no universo "Legends", e têm alguns pedaços que apelam mesmo à "nerdice" (por exemplo, os projectos de Super Star Destroyers, que aparecem pela primeira vez em O Império Contra-Ataca, e que são referidos como estando em desenvolvimento à data de emissão do manual, ou as considerações de Rom Mohc sobre a glória do combate em campo de batalha, remetendo para o seu projecto "Dark Trooper", que era o ponto fulcral do primeiro Dark Forces).

Mas para mim, onde o livro brilha mais é mesmo é nos capítulos inicial e final, sobre as políticas imperiais.
São verdadeiros "tesourinhos fascistas", com arte a condizer, e pretendem justificar todas as atrocidades imperiais como necessidades para manter a lei, a ordem e a paz, através de discurso xenófobo e militarista. "Pintam", de modo geral, todos os não-humanos como criaturas retrógradas e selvagens, que deixadas entregues a si próprias, só trazem caos e desordem. Já para não mencionar os "malefícios" da democracia, que só serve para não conseguir fazer nada, certo? Já para não mencionar os piores vilões de todos: os Rebeldes!
Mas, ao mesmo tempo, mostram a rigidez mental e o excesso de auto-confiança da organização imperial, que se revelariam a causa da queda do mesmo.

Wallace repete a sua fórmula habitual, que já não surpreende mas que, neste volume, consegue um resultado mais interessante que no volume anterior, The Bounty Hunter Code.

Uma adição interessante à série, e à bibliografia Star Wars em geral.