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Neste blogue iremos encontrar (ou reencontrar) pedaços da imaginação e criatividade humana nas mais diversas formas e feitios - Livros, Banda desenhada, Cinema, TV, Jogos, ou qualquer outro formato.

Viajaremos no tempo, caçaremos vampiros e lobisomens, enfrentaremos marcianos, viajaremos até à lua, conheceremos super-heróis e muito mais.

AVISO IMPORTANTE: pode conter spoilers e, em ocasiões especiais, nozes.


domingo, 17 de março de 2013

Bunny Suicides - Os Coelhinhos Suicidas

Algumas pessoas têm um sentido de humor muito negro e perverso. Gosto disso.

O cartoonista Andy Riley é uma dessas pessoas.

Riley lançou, em 2003, o primeiro album de cartoons sobre mortes de coelhos fofinhos via suicídio, chamado simplesmente "The Book of Bunny Suicides". Em Portugal, a Europa-América editou esse volume, traduzido como "O Livro dos Coelhinhos Suicidas".

O primeiro volume, edição portuguesa

 
Em 2004 lançou a sequela, "The Return of The Bunny Suicides" e em 2007, a compilação dos dois primeiros volumes intitulada "The Bumper Book of Bunny Suicides".

Não satisfeito, lançou em 2010 um terceiro volume, "Dawn of The Bunny Suicides", carregadinho de mais mortes. De coelhinhos fofos.

Então de que trata esta série? Como é óbvio, de suicídios de coelhos.

Porque é que eles se suicidam? Não se sabe.
Como é que eles se suicidam?
Ah, esse é o cerne da série.

Ao longo dos vários volumes somos presenteados com múltiplos métodos, alguns simplesmente hilariantes.
Desde maneiras relativamente simples, como fugir de um oásis para não ter acesso a água, fazer cair estruturas sobre si próprios ou urinar contra carris electrificados para ser electrocutado via jacto de urina (ouch!) até métodos muito mais sofisticados (de que falarei a seguir), mas sempre de modos bastante criativos.

Alguns dos métodos mais elaborados envolvem saltar de trampolim contra a hélice de um helicóptero prestes a levantar vôo, colar-se às lagartas de um tanque de guerra em plena carga ou introduzir-se dentro de um micro-ondas e usar um carro telecomandado com um luva atada, recheada de modo a esticar o indicador, para que a mesma vá contra o botão de ligar.

E depois, montes de máquinas de Rube Goldberg. E o que é isso? São máquinas complexas cuja finalidade, extremamente simples, é conseguida através de mecanismos redundantes, normalmente numa reacção em cadeia (como as do jogo The Incredible Machine ou a do Doc Brown no início do primeiro Regresso ao Futuro). Neste caso, normalmente terminam a sequência de acções com um martelo, uma faca ou outro utensílio mortal vigorosamente aplicado num coelho.

Podia continuar a dar exemplos, mas nunca mais terminaria.

Volume 2. Quantas sequelas se chamam "O regresso de..."?


São muitas, muitas mortes. Todas elas divertidas.

Mas para mim, as melhores (e tão demonstrativas de humor inteligente como as outras, ou talvez ainda mais) são as que envolvem referências à cultura popular contemporânea.

Por exemplo, temos um coelhinho a encomendar o Harry Potter and the Order of the Phoenix, volume esse com mais de 700 páginas, e a ficar à espera debaixo da abertura da caixa do correio, apenas para ser esmagado pelo livro quando o mesmo é entregue. Temos coelhos a empalarem-se no sabre de luz do Darth Vader, a meterem-se nas articulações de um Transformer enquanto este se converte num veículo, a tomarem a vez da Sarah Connor quando o Terminator chega para a eliminar ou ainda a darem um pontapé nas partes baixas de um extraterrestre para que este o mate com as armas espaciais. Ou ainda a usar o TARDIS do Doctor Who como ferramenta (entalando-se na porta antes de a máquina do tempo se activar, ficando efectivamente cortado a meio).

Andy Riley tem uma imaginação que muitos considerarão doentia. Até pode ser, mas não desaponta. Essencial para todos os sádicos que por aí andam.

O volume mais recente. Esperemos que não seja o último.





2 comentários:

  1. epá... muito bom. Só conhecia o primeiro volume. E como é óbvio devorei-o de ponta a ponta.
    Vou já tratar de arranjar os restantes ;)

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    1. Boa opção. Deves conseguir arranjá-los na net, acho que só mesmo o primeiro é que foi publicado em português...

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