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Neste blogue iremos encontrar (ou reencontrar) pedaços da imaginação e criatividade humana nas mais diversas formas e feitios - Livros, Banda desenhada, Cinema, TV, Jogos, ou qualquer outro formato.

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AVISO IMPORTANTE: pode conter spoilers e, em ocasiões especiais, nozes.


domingo, 10 de fevereiro de 2013

Renascimento

Paris, no futuro. Uma cidade em que todos os movimentos são vigiados e gravados, e em que a beleza e juventude se tornam produtos de consumo.
O capitão Karas, da polícia, investiga o desaparecimento misterioso de uma jovem cientista, aparentemente raptada quando se dirigia para um turno de serviço na empresa Avalon.
A empresa em questão efectua pesquisa genética, e a desaparecida era uma das principais investigadoras na área do tratamento da progeria (uma doença - real - que provoca envelhecimento e morte prematura).
Pelo caminho, Karas encontra vários personagens que nem sempre são o que parecem, desde o Dr. Muller - mentor da jovem desaparecida - à irmã da cientista (com quem se envolve), passando pelo algo sinistro Mr. Dillenbach, director da Avalon. Além disso, o rapto é só a ponta do icebergue, acabando por desvendar algo muito mais avassalador do que a simples pesquisa contra uma doença.
E não consegue um final particularmente feliz...

Trata-se de um filme de animação de produção francesa, embora falado em inglês (pelo menos na versão que eu tenho, contando com algumas vozes conhecidas, como Daniel Craig e Ian Holm) e que captura o feel de filmes policiais tipo "film noir", neste caso em contexto de ficção científica, com um cheirinho a Blade Runner. E é no aspecto gráfico que este filme se salienta. A história, sem deixar de ser interessante, não é particularmente revolucionária, cumprindo decentemente o seu papel. Mas é mesmo o aspecto visual que chama a atenção.
Trata-se de animação de computador com captura de movimentos dos actores, traduzindo-se depois num aspecto visual a preto e branco quase sem tons de cinzento e apenas com notas de cor em 2 cenas; o grafismo é reminiscente de banda desenhada, neste caso particular assemelhando-se ao estilo de Frank Miller na sua série Sin City. Os personagens estão muito bem conseguidos, e a captura de movimento dá-lhes um aspecto realista, os elementos de cenário conseguem um bom contraste entre antigo e novo, aspecto patente principalmente na combinação de elementos clássicos na cidade com elementos futuristas (por exemplo, bairros antigos decorados com hologramas). Numa nota curiosa, o Citroën de Karas foi mesmo desenhado pela fabricante francesa de automóveis.
Assim, o ambiente torna-se quase um personagem, tão importante como o próprio protagonista da história.

Um filme pouco conhecido e que vale a pena descobrir.

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