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Neste blogue iremos encontrar (ou reencontrar) pedaços da imaginação e criatividade humana nas mais diversas formas e feitios - Livros, Banda desenhada, Cinema, TV, Jogos, ou qualquer outro formato.

Viajaremos no tempo, caçaremos vampiros e lobisomens, enfrentaremos marcianos, viajaremos até à lua, conheceremos super-heróis e muito mais.

AVISO IMPORTANTE: pode conter spoilers e, em ocasiões especiais, nozes.


sábado, 8 de dezembro de 2012

Robopocalypse

Num futuro próximo, os robots são ubíquos, bem como a automatização de inúmeros elementos do quotidianos, de brinquedos a carros, passando a ser controlados por computadores.

O que acontece, então, quando um sistema de inteligência artificial ganha consciência de si próprio, mata o seu criador quando este o quer inactivar e foge através das redes informáticas globais, e decide que os humanos não são adequados para continuarem a ser a raça dominante no nosso mundo?

A resposta está em Robopocalypse, o primeiro romance do roboticista americano Daniel H. Wilson.

Archos, o último e mais avançado de uma série de sistemas de IA, apercebe-se que a espécie humana está a destruir a biodiversidade do planeta. Uma vez que, na sua óptica, a informação e conhecimento que derivam de um único ser vivo, mesmo tratando-se de um insecto, são quantidades colossais de dados, resolve lidar com a situação da maneira mais lógica: neutralizando a espécie humana, o que passa pela sua quase aniquilação, conservando apenas alguns elementos vivos (pelo menos, enquanto Archos puder aprender com eles).

Assim, em pouco tempo, robots domésticos e militares, automóveis, armamentos automáticos, brinquedos, até mesmo elevadores - tudo o que possa ter um computador e ligação a alguma rede electrónica - vão capturar ou matar todos os seres humanos que encontrarem.

A civilização humana é desmembrada, e rapidamente os sobreviventes começam a formar grupos e a contra-atacar.

A temática e a organização da história (capítulos escritos do ponto de vista dos vários personagens, que correspondem a relatórios armazenados num computador encontrado no final da guerra) assemelham-se a algumas outras obras de ficção apocalíptica, principalmente ao sub-tipo "apocalipse zombie"; de facto, não conseguia deixar de comparar esta obra a uma outra, "World War Z" ("Guerra Mundial Z") de Max Brooks, também ela escrita como uma série de entrevistas colhidas após o cataclismo.

Contudo, neste género ("apocalipse robot") há alguns aspectos mais arrepiantes. No início, qualquer utensílio robotizado se podia virar contra os seus utilizadores, criando uma atmosfera de "não para onde fugir"; e quando os humanos começar a organizar o seu contra-ataque... bem, as máquinas adaptam-se.
Perto do final da história, os robots já evoluíram de modo a tornar-se o mais eficientes e mortíferos em qualquer meio ambiente, e, curiosamente, é essa evolução que vai ser o fundamento para a reviravolta na guerra.

Um livro interessante, sem ser perfeito, e a primeira obra de ficção do autor, que utiliza o seu background na área da robótica (que já lhe servira para publicar livros de divulgação sobre a área, sempre com componente humorística, tais como How to Survive a Robot Uprising e How to Build a Robot Army) para emprestar um realismo perturbador à história.


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